O controle de volume de áudio é o principal problema enfrentado hoje em dia por profissionais, emissoras de televisão, operadoras de TV a cabo, rádios e principalmente você que está no meio dessa guerra e sem ter como escapar.

Com o passar dos anos, novas técnicas e recursos tornaram as mixagens mais agressivas para se diferenciar entre tantas outras. Músicas do passado, parecem ser significativamente mais suaves do que hoje em dia, se analisarmos uma mesma música que foi remasterizada muitas vezes ao longo de anos essa tendência é visualmente clara.

Num contexto de televisão, promos e comercial são geralmente muito mais altos do que a programação das emissoras. Com o boom dos canais a cabo, nossos controles tinham os botões que trocavam os canais mais desgastados por conta das tantas opções. Se observarmos agora os botões de volume em controles remotos ficam tão desgastados quanto o dos canais e o problema se agrava porque a diferença de volume entre os canais e entre os comerciais e a programação é cada vez maior.

Com a adoção do áudio digital, a forma mais comum de determinação do nível de áudio tem sido a de medir a amostra de pico. No entanto, este método é facilmente enganado e para parecer mais alto do que os concorrentes, muitos produtores e engenheiros de masterização consideraram necessário o uso de quantidades excessivas de compressão, que não só faz o áudio altamente inconsistente em termos de volume, como também compromete a qualidade do material do programa de forma significativa.

Existe uma solução

Em vez de contar as amostras, o nível deve ser medido pelo que o ouvinte percebe de cada peça de áudio - quer dizer, a intensidade percebida em combinação com um novo modo de medição de picos chamada de True-peak ou Pico real é a solução para o problema. Para este fim, uma série de normas internacionais de transmissão foram desenvolvidas com base em pesquisas e testes de audição circunstanciais realizadas por organizações independentes, universidades e fabricantes de equipamentos para indústria do cinema e da música como a Dolby e TC Electronic.

Legislação Loudness

No mundo inteiro os blocos comerciais são mais altos do que a programação e essas reclamações estimularam a pesquisa, desenvolvimento e implantação de padrões para minimizar ou eliminar este problema. Nos Estados Unidos, por exemplo, foi adotada a Lei CALM que exige que as emissoras cumpram o padrão ATSC A/85, na Itália o cumprimento da EBU R128 já foi transformado em lei, enquanto as emissoras de vários outros países europeus, como França, Alemanha, Suíça, Áustria, Noruega e Espanha pretendem cumprir R128 na produção, ingestão e transmissão do conteúdo. Muitos outros países em todo o mundo estão atualmente em processo de legislar neste campo específico, que é um claro sinal de quão sério e amplo é o problema.

Com os novos padrões de transmissão e equipamentos que permitem o cumprimento destas normas, a produção, pós produção e transmissão profissionais têm agora um conjunto valioso e eficiente da ferramentas para garantir o prazeroso momento de escutar música e assistir televisão além de valorizar o seu trabalho sem ser obrigado a usar técnicas controversas para atingir metas duvidosas. No final todo mundo vai ganhar!

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